O fim da temporada do IMSA WeatherTech SportsCar Championship marca o fim de uma era para Hélio Castroneves e a Penske.
Fonte: Twitter/Team Penske |
Tal deve-se ao facto de as 12 Horas de Sebring terem sido a última prova do brasileiro com a equipa mais famosa do desporto motorizado na América do Norte, colocando o ponto final numa ligação que teve início em 2000 e deu origem a 36 vitórias em vários campeonatos, três triunfos nas 500 Milhas de Indianápolis, um título na classe DPi do IMSA WeatherTech SportsCar Championship e quatro vice-campeonatos na IndyCar.
No entanto, Castroneves e Penske, dois nomes inseparáveis nas últimas duas décadas, podiam nunca se ter juntado, uma vez que os lugares da equipa para 2000 na IndyCar já estavam ocupados por Gil de Ferran e Greg Moore, que iriam formar a nova dupla de pilotos da Penske no primeiro ano do novo milénio. Se a Penske já tinha o seu futuro decidido antes da última prova de 1999, Castroneves encontrava-se numa situação diferente, visto que a Hogan Racing, equipa para a qual tinha guiado nesse ano, iria abandonar o campeonato.
Contudo, a corrida de 1999 em Fontana iria ter um enorme impacto na carreira de Castroneves e na história moderna da Penske. A fazer a sua última corrida com a Forsythe antes da sua mudança para a equipa do "Capitão", Greg Moore perdeu a vida num trágico acidente, levando a Penske a abordar Castroneves para guiar o #3 em 2000. O brasileiro aproveitou a oportunidade e, na sua primeira época com a equipa, ganhou as primeiras três corridas da sua carreira, iniciando um período de 18 temporadas consecutivas com a Penske na IndyCar.
Fonte: Twitter/History in Indy |
Entre 2000 e 2017, Castroneves só acabou fora dos sete primeiros na classificação do campeonato em 2011, que também foi um de apenas três anos em que não venceu pelo menos uma corrida. Nas 18 épocas com a equipa na IndyCar, Castroneves venceu 30 corridas e fez 46 pole positions, terminando em segundo lugar no campeonato em quatro ocasiões (2002, 2008, 2013 e 2014).
Se a falta de um título na IndyCar é a única falha que se pode apontar ao historial do brasileiro, isso fica compensado com as suas prestações nas 500 Milhas de Indianápolis, prova que Castroneves venceu por três vezes. A sua primeira vitória teve lugar em 2001, naquela que foi a sua primeira participação na corrida mais famosa do mundo. Castroneves voltaria a vencer em Indianápolis em 2002 e em 2009, tornando-se no primeiro piloto que não nasceu nos Estados Unidos a vencer a corrida por três vezes.
Fonte: Twitter/Team Penske |
No fim de 2017, Castroneves deixou de competir na IndyCar a tempo inteiro, mas continuou com a Penske ao ser escolhido pela equipa para fazer parte do seu novo programa no IMSA WeatherTech SportsCar Championship com a Acura, juntando-se a Ricky Taylor no #7. Depois de já ter participado em algumas corridas de endurance na década anterior, Castroneves e Taylor deram a primeira vitória ao Acura Team Penske em Mid-Ohio em 2018, ganhando mais quatro corridas em 2020 para finalmente obter um título com a Penske na sua última corrida com a equipa, antes de embarcar numa nova aventura com a Meyer Shank ao disputar um programa parcial na IndyCar em 2021.
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