A contratação de Kyle Larson pela Hendrick Motorsports é um dos maiores destaques da silly season da NASCAR.
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Fonte: Twitter/Hendrick Motorsports |
Depois de ter ficado com a sua carreira em perigo na sequência da sua suspensão pela NASCAR depois de ter proferido um comentário racista (a palavra n-) no seu live stream na plataforma Twitch do evento virtual "Monza Madness" em abril, Larson recebeu uma segunda oportunidade ao ter sido contratado pela equipa de Rick Hendrick, naquela que foi uma das maiores histórias do ano. No entanto, o facto de a Hendrick ter trazido o número 5 de volta também tem um grande simbolismo, uma vez que marca o regresso do número mais icónico de uma das maiores equipas da NASCAR.
Para sempre associada aos triunfos de Jimmie Johnson e de Jeff Gordon, a Hendrick fez com que os números 24 e 48 se tornassem verdadeiros ícones, com esses a serem mesmo os dois números com mais vitórias da equipa. Contudo, o seu número original foi o 5, que foi usado entre 1984 e 2017, antes de regressar à atividade no próximo ano com Kyle Larson. Aliás, a história do 5 é tão longa, que, mesmo sem ter sido utilizado por três anos, continua a ser o número que participou em mais provas pela Hendrick, tendo disputado 1129 corridas da Cup Series, vencendo 38 e obtendo um título. Larson será o décimo piloto ao volante do 5 pela equipa.
Parte 2 (2005-2017)
Um dos pilotos mais experientes da NASCAR quando saiu da Hendrick aos 47 anos de idade, Labonte foi substituído pelo jovem mais promissor do início da década de 2000. Depois de ter feito seis corridas em 2004 com a equipa ao volante do #84, Kyle Busch fez a sua estreia a tempo inteiro na Cup Series ao volante do 5 em 2005, vencendo o prémio de rookie do ano e tornando-se no vencedor mais jovem da história da NASCAR ao triunfar em Fontana com apenas 20 anos. Busch venceu mais uma vez nesse ano e ganhou mais duas corridas nos dois anos seguintes, antes de sair para a Joe Gibbs Racing no final de 2007.
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Fonte: Twitter/NASCAR Pictures |
Busch foi substituído por Casey Mears em 2008, mas o sobrinho do quatro vezes vencedor das 500 Milhas de Indianápolis não conseguiu igualar os desempenhos dos anteriores pilotos do 5, tornando-se no único piloto a tempo inteiro do carro que nunca conseguiu obter pelo menos uma vitória enquanto usava o número.
Depois de quatro anos com pilotos mais jovens, o carro com o número 5 voltou a ter um piloto veterano entre 2009 e 2011, com Mark Martin a ser o escolhido para substituir Mears. Num primeiro ano fantástico, o antigo piloto da Roush venceu cinco corridas para terminar o campeonato na segunda posição pela quarta vez. As cinco vitórias de Martin acabariam por ser as últimas da sua carreira, com 2010 e 2011 a serem anos bastante difíceis para o eterno vice campeão da Cup Series.
O mais recente ocupante do número 5 fez a sua primeira corrida com o carro em 2012, naquela que foi a primeira de seis temporadas com a equipa. Kasey Kahne trocou a Red Bull Racing Team pela Hendrick em 2012, ganhando a primeira corrida do 5 desde 2009 na Coca-Cola 600 desse ano, tendo acabado o campeonato no quarto lugar.
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Fonte: Twitter/NASCAR Paint Schemes |
No entanto, tal como Mark Martin, Kahne nunca conseguiu repetir o mesmo sucesso do seu primeiro ano com o 5, ficando sempre de fora dos dez primeiros do campeonato nos anos seguintes. Mesmo assim, Kahne venceu seis corridas com o carro, tornando-se no terceiro piloto com mais vitórias na história do 5, tendo ganho pela última vez na Brickyard 400 de 2017. Conseguirá Kyle Larson vencer a primeira corrida do 5 em mais de três anos em 2021?
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