Uma das equipas mais bem sucedidas na história do desporto motorizado, a Chip Ganassi Racing celebra em 2020 o seu trigésimo aniversário.
30 years 𝙤𝙛 𝙧𝙖𝙘𝙞𝙣𝙜.30 years 𝙤𝙛 𝙝𝙞𝙨𝙩𝙤𝙧𝙮.30 years 𝙤𝙛 𝙬𝙞𝙣𝙣𝙞𝙣𝙜.— Chip Ganassi Racing (@CGRTeams) February 3, 2020
Fundada pelo antigo piloto Chip Ganassi, a equipa iniciou o seu percurso competitivo na Indycar, mas expandiu as suas operações à Nascar, à endurance e até ao ralicross. Nestes 30 anos, a Chip Ganassi Racing já venceu mais de 200 provas ao mais alto nível do automobilismo, tornando-se num nome estabelecido para todos os fãs de corridas no mundo.
No entanto, apesar do sucesso da equipa noutras competições, a Indycar é o campeonato no qual a Ganassi teve mais sucesso, para além de ser aquele em que a equipa está envolvida há mais tempo. A equipa tem vindo a conquistar vitórias atrás de vitórias, afirmando-se como uma das melhores equipas da Indycar, algo comprovado pelos seus 12 títulos e 108 triunfos em corridas.
No entanto, apesar do sucesso da equipa noutras competições, a Indycar é o campeonato no qual a Ganassi teve mais sucesso, para além de ser aquele em que a equipa está envolvida há mais tempo. A equipa tem vindo a conquistar vitórias atrás de vitórias, afirmando-se como uma das melhores equipas da Indycar, algo comprovado pelos seus 12 títulos e 108 triunfos em corridas.
Os primeiros anos
Depois de uma carreira como piloto que incluiu várias temporadas na Indycar, Chip Ganassi adquiriu a Patrick Racing (da qual já era co-proprietário) em 1990 e inscreveu um carro para Eddie Cheever com o patrocínio da Target, criando uma associação que se tornou icónica no desporto motorizado americano, uma vez que o vermelho e branco da cadeia de lojas norte-americana adornou os carros da equipa até 2016. Arie Luyendyk substituiu o antigo piloto de Fórmula 1 em 1993 e conseguiu a pole position para as 500 Milhas de Indianápolis. No entanto, a equipa teria de esperar mais um ano até alcançar a sua primeira vitória, (ironicamente) obtida por Michael Andretti em 1994 no traçado de Surfers Paradise.
Heres @michaelandretti absolutely hustling his reynard in 1994 at Surfers Paradise for @cgrteams. This was MAs first race back from his F1 season. Amazingly there were 31 cars vying for 27 spots. @indymhull pic.twitter.com/hnSVdLsIlQ— Champweb (@champwebdotnet) March 21, 2019
No primeiro ano em que a Ganassi teve dois carros a tempo inteiro, Andretti voltaria a vencer em Toronto e terminou o campeonato em quarto. No entanto, a temporada de 1995 não correu tão bem à equipa, que não conseguiu registar nenhuma vitória.
O fim da década de 1990 foi o período de afirmação da Chip Ganassi Racing, que se tornou na equipa dominadora da Indycar. Depois do título de Vasser, Alex Zanardi foi campeão em 1997 e 1998 e o rookie Juan Pablo Montoya conquistou o quarto título consecutivo da equipa em 1999. Apesar de todo o sucesso, a escolha pela CART em detrimento da IRL impediu a Ganassi de disputar as 500 Milhas de Indianápolis nesses quatro anos. No entanto, a equipa inscreveu dois carros para a corrida em 2000 e Montoya dominou a 84ª edição da prova, naquela que foi a primeira vez que uma equipa da CART participou numa corrida da IRL.
Os primeiros títulos
1996 foi um ano muito importante para o desporto motorizado americano, uma vez que a Indycar dividiu-se em dois campeonatos: um sancionado pela CART (onde corria a Ganassi), que passou a ter as melhores equipas e pilotos, e outro sancionado pela IRL, apenas composto por circuitos ovais que, apesar de ter equipas e pilotos de menor qualidade, tinha a Indy 500. Foi também o ano do primeiro título da equipa, com a mudança para a Honda (como fornecedora de motor) a ajudar Jimmy Vasser a ganhar quatro das seis primeiras corridas do campeonato.— History In Indy (@historyinindy) March 4, 2017
O fim da década de 1990 foi o período de afirmação da Chip Ganassi Racing, que se tornou na equipa dominadora da Indycar. Depois do título de Vasser, Alex Zanardi foi campeão em 1997 e 1998 e o rookie Juan Pablo Montoya conquistou o quarto título consecutivo da equipa em 1999. Apesar de todo o sucesso, a escolha pela CART em detrimento da IRL impediu a Ganassi de disputar as 500 Milhas de Indianápolis nesses quatro anos. No entanto, a equipa inscreveu dois carros para a corrida em 2000 e Montoya dominou a 84ª edição da prova, naquela que foi a primeira vez que uma equipa da CART participou numa corrida da IRL.
Últimos anos na CART
Contudo, Montoya não conseguiu repetir o título de 1999 na CART e, tal como Vasser, terminou o campeonato fora do top cinco no primeiro ano da equipa com motores Toyota. A saída de Montoya para a Fórmula 1 (repetindo o percurso de Zanardi em 1999) e de Jimmy Vasser obrigou a equipa a mudar a sua dupla de pilotos em 2001, recrutando Bruno Junqueira e Nicolas Minassian (substituído por Memo Gidley perto do meio da temporada). Apesar de Junqueira ter vencido em Road America, o brasileiro não conseguiu melhor do que o 16º lugar no campeonato e, no seu segundo ano em Indianápolis, a equipa não conseguiu repetir a vitória de 2000.Na época seguinte, a Ganassi disputou a sua última temporada na CART e, tal como a Penske, também participou pela primeira vez em todas as provas da IRL. Junqueira foi vice-campeão da CART numa época em que Scott Dixon disputou as suas primeiras corridas com a equipa num terceiro carro, apenas com um programa parcial. Na IRL, o antigo piloto de motocross Jeff Ward foi o único piloto da Ganassi, vencendo uma corrida e acabando o campeonato na 11ª posição.
Mudança para a IRL
Em 2003, a Ganassi, tal como várias equipas da CART, mudou-se definitivamente para a IRL, que voltou a poder usar o nome Indycar depois de ter sido resolvida a seu favor uma disputa legal (o campeonato CART passou a ser denominado de Champ Car). No seu segundo ano com a equipa (que passou a contar com dois carros), a consistência de Scott Dixon permitiu ao neozelandês conquistar o seu primeiro campeonato e devolver os títulos à Ganassi.At @TXMotorSpeedway in 2003, @ScottDixon9, Helio Castroneves (@h3lio), @TonyKanaan, @SamHornish and Gil de Ferran (@GdeFerran) entered the race with a shot at the #IndyCar championship.— Random IndyCar Facts (@FactsIndycar) June 8, 2019
De Ferran won the race, but Dixon won the championship with a 2nd place finish. pic.twitter.com/Uc2feiIvde
No entanto, os dois anos seguintes foram muito difíceis para a equipa. Tudo começou com a morte de Tony Renna, que tinha sido contratado pela Ganassi para a época de 2004, mas faleceu numa sessão de testes no fim de 2003. Para além disso, o motor Honda (utilizado por equipas como a Andretti Green e a RLL) ganhou uma grande vantagem competitiva sobre o motor Toyota que a Ganassi utilizava, algo que fez com que a equipa só ganhasse uma corrida entre o início de 2004 e o fim de 2005.
A CGR só voltou à luta pelo título em 2006 (com um motor Honda, agora o único fornecedor de motores do campeonato), ano em que o novo recruta Dan Wheldon ficou em segundo no campeonato, empatado com o campeão Sam Hornish numa luta a quatro que também envolveu Scott Dixon. O neozelandês voltou a lutar pelo título em 2007, mas seria o segundo vice-campeonato para um piloto da Ganassi em dois anos. No entanto, a equipa iria regressar aos títulos pouco tempo depois, repetindo o período dourado do fim da década anterior.
Quatro títulos consecutivos... pela segunda vez
Scott Dixon conseguiu o seu segundo título em 2008, oferecendo à equipa a sua segunda vitória nas 500 Milhas de Indianápolis no ano da unificação (o fim da Champ Car levou à sua fusão com a IRL).Contudo, seria o novo companheiro de equipa de Dixon a dominar o campeonato nos anos seguintes. Dario Franchitti substituiu Dan Wheldon em 2009 e conquistou o seu segundo título (já tinha sido campeão em 2007) no seu primeiro ano com a Ganassi, repetindo o mesmo feito em 2010 e em 2011. Para além disso, Franchitti também venceu as 500 Milhas de Indianápolis em 2010 e Dixon terminou sempre no top três do campeonato, voltando a estabelecer a Chip Ganassi Racing como a equipa dominadora da Indycar. Neste período, a equipa também expandiu as suas operações para inscrever mais dois carros (para Graham Rahal e Charlie Kimball). A sequência de títulos acabou em 2012, com Dixon a bater Franchitti pela primeira vez no campeonato desde que os dois se tinham tornado colegas de equipa, terminando o ano na terceira posição. No entanto, Franchitti voltou a vencer em Indianápolis, naquela que ainda é a última vitória da Ganassi na Indy 500.
In one of the ultimate head-to-head showdowns in #Indy500 history, @TakumaSatoRacer and @dariofranchitti refused to blink on the final lap.— Indianapolis Motor Speedway (@IMS) June 21, 2018
Relive the 2012 Indy 500 in today's #IMSMemoryLane ➡️ https://t.co/1deJFyE8CE pic.twitter.com/QDtdqob00G
Dixon como líder da equipa
Dez anos depois da conquista do seu primeiro título, Scott Dixon sagrou-se tricampeão de Indycar em 2013, numa temporada em que Dario Franchitti foi forçado a retirar-se devido a um enorme acidente em Houston. Após oito temporadas com a Honda, a Ganassi trocou para a Chevrolet, contratou Tony Kanaan para substituir Franchitti e voltou a inscrever um quarto carro, desta vez para Ryan Briscoe (Rahal tinha saído da equipa no fim de 2012). A equipa demorou a adaptar-se às mudanças, mas ainda conseguiu ganhar três das últimas quatro corridas da temporada, antes de Scott Dixon voltar a ser campeão em 2015, empatado em pontos com Juan Pablo Montoya (agora com a Penske).
Apesar de Dixon continuar a ser sempre um candidato ao título nos anos seguintes, os outros pilotos da equipa (agora com Max Chilton ao lado de Kanaan e Kimball) nunca conseguiram lutar por triunfos, algo que convenceu Chip Ganassi a voltar a inscrever apenas dois carros em 2018, para Dixon e para Ed Jones. Na sua segunda época com a Honda (depois de ter voltado à marca japonesa em 2017), a Ganassi conquistou o seu 12º título na Indycar devido à consistência e à rapidez do impressionante Scott Dixon, que conta agora com cinco títulos.
No ano passado, Dixon venceu duas corridas, mas problemas mecânicos na reta final do campeonato impediram-no de lutar pelo título, enquanto o rookie Felix Rosenqvist mostrou que poderá ser o líder da Ganassi quando o neozelandês se retirar. Em 2020, os dois serão acompanhados por Marcus Ericsson, que se juntará à equipa depois de um ano na Arrow Schmidt Peterson.
A tiebreaker decided the @IndyCar championship in 2015!— IndyCar on NBC (@IndyCaronNBC) December 23, 2019
With @ScottDixon9's win at @RaceSonoma, he beat Juan Pablo Montoya for the title! pic.twitter.com/H4k0Fcd1ew
Apesar de Dixon continuar a ser sempre um candidato ao título nos anos seguintes, os outros pilotos da equipa (agora com Max Chilton ao lado de Kanaan e Kimball) nunca conseguiram lutar por triunfos, algo que convenceu Chip Ganassi a voltar a inscrever apenas dois carros em 2018, para Dixon e para Ed Jones. Na sua segunda época com a Honda (depois de ter voltado à marca japonesa em 2017), a Ganassi conquistou o seu 12º título na Indycar devido à consistência e à rapidez do impressionante Scott Dixon, que conta agora com cinco títulos.
Call him FIVE TIME! @scottdixon9 wins the 2018 @verizon @IndyCar Series championship.— Sonoma Raceway (@RaceSonoma) September 17, 2018
RT to share the victory.#SonomaGP #Dix5n pic.twitter.com/8hFQFwWsYh
No ano passado, Dixon venceu duas corridas, mas problemas mecânicos na reta final do campeonato impediram-no de lutar pelo título, enquanto o rookie Felix Rosenqvist mostrou que poderá ser o líder da Ganassi quando o neozelandês se retirar. Em 2020, os dois serão acompanhados por Marcus Ericsson, que se juntará à equipa depois de um ano na Arrow Schmidt Peterson.
Títulos (12):
- 1996: Jimmy Vasser
- 1997: Alex Zanardi
- 1998: Alex Zanardi
- 1999: Juan Pablo Montoya
- 2003: Scott Dixon
- 2008: Scott Dixon
- 2009: Dario Franchitti
- 2010: Dario Franchitti
- 2011: Dario Franchitti
- 2013: Scott Dixon
- 2015: Scott Dixon
- 2018: Scott Dixon
Vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis (4):
- 2000: Juan Pablo Montoya
- 2008: Scott Dixon
- 2010: Dario Franchitti
- 2012: Dario Franchitti
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