Como funciona a qualificação para a Daytona 500?

Para além de ser a corrida mais importante da NASCAR, as 500 Milhas de Daytona têm um procedimento de qualificação único não só no campeonato, mas também em todo o desporto motorizado.

Conhecida como a "Great American Race", a Daytona 500 é a corrida mais importante da NASCAR e aquela que todos os pilotos querem vencer. A corrida é sempre o maior evento de um período conhecido por Speedweeks, que engloba as várias provas que têm lugar na Daytona International Speedway desde as 24 Horas até às 500 Milhas, que este ano realizam-se no dia 16 de fevereiro. No entanto, a sessão de qualificação para a corrida realiza-se já este domingo, apesar de ser apenas a primeira fase de um processo que só irá terminar na noite de quinta para sexta-feira.

Assim, a qualificação para as 500 Milhas de Daytona divide-se em duas fases:
  • Sessão de qualificação (domingo)
  • Duelos (em Portugal, a partir da 00:00 da noite de quinta para sexta-feira)

Sessão de qualificação
A sessão de qualificação para as 500 Milhas de Daytona decorre da mesma forma que todas as outras sessões de qualificação nas pistas ovais da NASCAR: cada carro tem apenas uma tentativa para fazer uma volta cronometrada. No entanto, esta sessão não determina todas as posições de partida para a corrida, uma vez que só define a primeira linha da grelha, que será ocupada pelos dois pilotos com o s melhores tempos.

Duelos
Os duelos são duas corridas de qualificação de 60 voltas que determinam as restantes posições de partida para a prova. No primeiro duelo, participam apenas os pilotos que ficaram em posições ímpares na sessão de qualificação (o piloto que fez a pole, o terceiro, o quinto, o sétimo...). Esses pilotos vão lutar para ocupar os lugares no lado de dentro durante a partida para a corrida, ou seja, o vencedor do primeiro duelo (se não for o piloto que fez a pole na sessão de qualificação) vai partir para a corrida na terceira posição, o segundo classificado na quinta posição, o terceiro na sétima e por aí em diante.

No segundo duelo ocorre exatamente o oposto. Participam apenas os pilotos que ficaram em posições pares na sessão de qualificação (os pilotos que fizeram o segundo melhor tempo, o quarto, o sexto, o oitavo...). Esses pilotos vão lutar para ocupar os lugares no lado de fora durante a partida para a corrida, ou seja, o vencedor do segundo duelo (se não for o piloto que ficou em segundo na sessão de qualificação) vai partir para a corrida na quarta posição, o segundo classificado na sexta posição, o terceiro na oitava...

Só podem participar na corrida 40 carros, mas existem 43 na lista de inscritos. Os 36 carros com um charter têm um lugar garantido na corrida, o que significa que três dos sete sem charter não poderão começar a prova. Assim, a luta pela qualificação será feita por estes sete pilotos: Justin Haley (Kaulig), Daniel Suárez (Gaunt Brothers Racing), Brendan Gaughan (Beard Motorsports), J.J.Yeley (Rick Ware Racing), Reed Sorenson (Premium Motorsports), Timmy Hill e Chad Finchum (ambos com a MBM Motorsports).

Os carros que não têm a sua presença garantida deverão estar divididos da mesma forma pelos dois duelos (uma vez que em 2020 serão sete, estarão quatro num duelo e três no outro). Aquele que tiver o melhor resultado na sua corrida de qualificação garante aí o seu lugar na corrida, com os outros dois lugares na grelha a irem para os dois mais rápidos na sessão de qualificação (se esses também tiverem sido os melhores nos seus duelos, os lugares irão para os melhores na sessão de qualificação que não foram os mais rápidos dos carros sem charter nos duelos). No entanto, os carros sem charter que se qualificarem através da velocidade na sessão de qualificação e não por terem vencido o seu duelo terão de partir da 39ª e da 40ª posição.

Ao contrário do Clash, os duelos atribuem pontos para o campeonato: os dez primeiros em cada duelo recebem dez (para os vencedores), nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois e um pontos.


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