Apesar de ainda não se saber ao certo qual será a pista que vai receber a última prova do ano, a corrida nesse traçado não vai dar pontos a dobrar como nos últimos cinco anos. Tal deve-se à grande incerteza que rodeia o calendário da IndyCar, que, tal como todos as outras competições motorizadas em todo o mundo, tem sido forçada a adiar ou a cancelar muitas corridas da primeira parte do ano. Mesmo que o Grande Prémio de St.Petersburg consiga ser reagendado para ser a última prova da época, as corridas no Circuit of the Americas e em Barber dificilmente encontrarão uma nova data, enquanto que o fim de semana de Long Beach já foi oficialmente cancelado. Isso significa que, caso não hajam mais cancelamentos, o novo calendário já tem menos três corridas do que originalmente previsto e, por isso, não seria justo atribuir pontos a dobrar à última corrida. No entanto, as 500 Milhas de Indianápolis, adiadas para o dia 23 de agosto, vão continuar a dar pontos a dobrar.
Desde que foram introduzidos, os pontos a dobrar na última corrida só influenciaram a decisão do título em 2015. Scott Dixon chegou a Sonoma na terceira posição no campeonato a 47 pontos do líder Juan Pablo Montoya, mas a vitória e os pontos de bónus do neozelandês permitiram ao piloto da Ganassi empatar com Montoya (que acabou em sexto), ficando com o título por ter mais vitórias que o colombiano.
Numa corrida com muito menos acidentes do que no último fim de semana, Hill, que esteve nos lugares do top dez durante toda a prova, ultrapassou o líder William Byron a quatro voltas do fim com um ligeiro toque no carro do piloto da Hendrick Motorsports. Hill sobreviveu depois a um recomeço em overtime, no qual teve de aguentar a pressão de Ryan Preece para vencer a O'Reilly Auto Parts 125. Um dos pilotos com mais experiência no simulador iRacing, o piloto do Toyota #66 já tinha terminado a corrida do fim de semana passado em Homestead na terceira posição, mostrando que, sem as diferenças de equipamento que marcam as corridas da vida real, tem na eNASCAR iRacing Pro Invitational Series uma excelente oportunidade para mostrar o seu talento.
Ryan Preece terminou em segundo, não tendo conseguido aproveitar o final em overtime para ultrapassar Hill. Garrett Smithley voltou a impressionar, acabando a corrida na terceira posição, à frente de Landon Cassill e de Alex Bowman. Apesar de ter passado pela liderança na fase inicial, Dale Earnhardt Jr. terminou em sexto depois de recorrer a uma estratégia diferente para recuperar de um toque no muro. William Byron fez a pole e liderou 80 voltas, mas perdeu muitos lugares devido ao toque de Timmy Hill perto do fim. John Hunter Nemechek (que também liderou várias voltas), Kyle Larson e Kurt Busch completaram o top dez.
Algumas horas antes, Alex Labbe tinha ganho a corrida de qualificação, apurando-se para a prova principal juntamente com Anthony Alfredo, Ty Majeski e Ruben Garcia Jr. No entanto, nenhum dos quatro terminou dentro do top 20.
Greg Biffle, vencedor de 19 corridas no escalão principal da NASCAR e campeão da Truck Series em 2000 e da Xfinity Series em 2002, vai regressar à Roush para participar na O'Reilly Auto Parts 125, a segunda corrida da eNascar iRacing Pro Invitational Series, que se vai disputar na versão virtual do Texas Motor Speedway. Biffle, que venceu uma das corridas da Truck Series realizada no traçado no ano passado (na sua única corrida na NASCAR desde 2016), vai assim juntar-se a Dale Earnhardt Jr. e a Bobby Labonte num trio de pilotos que já se retiraram, mas que vão competir contra os melhores da atualidade.
Apesar de nomes como Joey Logano e Brad Keselowski não repetirem a sua presença na segunda corrida do campeonato, Ryan Blaney, Daniel Suárez e Tyler Reddick vão juntar-se aos restantes pilotos que disputaram a corrida no fim de semana passado. Tal como na corrida de Homestead, existe um limite de 35 carros à partida: 31 pilotos, entre os quais estão os pilotos da Cup Series e Biffle, Earnhardt Jr. e Labonte têm a sua presença garantida na prova. Os outros lugares serão decididos numa corrida de qualificação de 30 voltas, na qual os quatro pilotos mais rápidos vão assegurar um lugar na corrida. No entanto, a lista dos pilotos que se vão tentar qualificar é muito maior do que no fim de semana passado, uma vez que é composta por 34 pilotos da Xfinity Series, Truck Series e de outros campeonatos regionais.
A O'Reilly Auto Parts 125 terá 125 voltas e vai começar às 18:00 de Portugal Continental. A corrida de qualificação será transmitida neste link a partir das 15:55.
Sage Karam venceu o American Red Cross Grand Prix em Watkins Glen, naquela que foi a estreia do campeonato virtual da IndyCar.
Boom P1 in the Indycar Iracing Challenge! Was super cool to get out there with all the guys and be able to compete and have fun with it! Big shout out to @DRRIndyCar and @WIXFilters she looks good up front! Hope all fans enjoyed and looking forward to next week! @IndyCar@iRacingpic.twitter.com/neJIbYuLXm
O piloto da Dreyer & Reinbold, um dos favoritos à partida devido à sua grande experiência no simulador iRacing, dominou a corrida, tendo feito a pole position e liderado quase todas as voltas. Karam só perdeu a liderança nos ciclos de paragens nas boxes e teve sempre uma vantagem relativamente confortável sobre o seu principal perseguidor Felix Rosenqvist. O sueco da Ganassi passou quase toda a corrida na segunda posição, terminando a prova a cerca de três segundos e meio do vencedor. Will Power acabou em terceiro, tendo recuperado várias posições durante as 45 voltas realizadas na versão virtual de Watkins Glen.
Scott McLaughlin, colega de equipa de Power na Penske, terminou em quarto, mas já a mais de 45 segundos de Karam, enquanto Oliver Askew completou o top cinco. Simon Pagenaud e Josef Newgarden acabaram em sexto e sétimo, mas os dois campeões de IndyCar, juntamente com McLaughlin, protagonizaram o momento mais caricato da corrida. Ainda na primeira fase da prova, um toque de Askew no neozelandês fez com que o campeão dos SuperCars fizesse um pião e fosse abalroado pelos seus dois colegas de equipa. No entanto, a regra que permitia aos pilotos fazerem dois reset permitiu ao trio da Penske voltar aos dez primeiros. Isso não aconteceu a Scott Speed, que não regressou à corrida depois de um acidente quando rodava em quarto. O seu colega de equipa na Andretti Alexander Rossi foi, no entanto, o protagonista do maior acidente da prova, quando capotou várias vezes no início depois de um toque de Alex Palou.
Na sua "estreia" na IndyCar, Jimmie Johnson acabou em 16º. O heptacampeão da NASCAR Cup Series esteve sempre nas posições perto do top dez, mas não evitou um acidente perto do fim. Robert Wickens não conseguiu receber o equipamento necessário para participar a tempo do início da corrida, mas deverá estar à partida no próximo fim de semana em Barber.
A primeira prova do IndyCar iRacing Challenge pode ser vista em direto no vídeo do Youtube em baixo.
O American Red Cross Grand Prix em Watkins Glen é a primeira de seis corridas do campeonato virtual de IndyCar disputado no simulador online iRacing. Alguns dos melhores pilotos da IndyCar, como Josef Newgarden, Alexander Rossi, Simon Pagenaud, Sébastien Bourdais, Will Power, Graham Rahal e Colton Herta vão participar na prova, tal como Jimmie Johnson, heptacampeão da NASCAR Cup Series, e Scott McLaughlin, bicampeão dos SuperCars.
A corrida vai começar às 20:00 de Portugal Continental e terá 45 voltas. Também será transmitida no site oficial da IndyCar, na sua página de Facebooke no canal do Twitchdo iRacing.
A primeira corrida do IndyCar iRacing Challenge terá um plantel de luxo, encabeçado por alguns dos melhores pilotos do campeonato e por um convidado muito especial.
O heptacampeão da NASCAR Cup Series Jimmie Johnson vai ser a principal atração da corrida inaugural do IndyCar iRacing Challenge, que se vai disputar na versão virtual do traçado de Watkins Glen. Johnson, que está a disputar a sua última temporada da NASCAR, deveria fazer a sua estreia ao volante de um IndyCar numa sessão de testes em abril no circuito de Barber com a Arrow McLaren SP, mas a pandemia de Covid-19 ditou o cancelamento desse teste. Johnson vai assim juntar-se a algumas das estrelas do campeonato como Josef Newgarden, Will Power, Simon Pagenaud, Alexander Rossi, Sébastien Bourdais, Tony Kanaan, Graham Rahal, Colton Herta e James Hinchcliffe.
We are so excited to cheer on @jimmiejohnson as he participates in this weekend's INDYCAR iRacing challenge competing on the full road course at Watkins Glen. Does this paint scheme look familiar to anyone? pic.twitter.com/GSKkHHLmyd
Johnson não vai ser o único piloto com créditos firmados fora da IndyCar a participar na corrida, uma vez que o bicampeão dos SuperCars Scott McLaughlin também vai estar presente. No entanto, McLaughlin tem mais experiência do que o piloto da NASCAR, uma vez que já testou com a Penske em várias ocasiões e deveria ter feito a sua estreia competitiva no GP de Indianápolis. Os ex-pilotos de Fórmula 1 Scott Speed e Felipe Nasr (que deveria ter feito a sua primeira corrida no campeonato em St.Petersburg depois de ter impressionado nos testes de pré-temporada) também vão competir no evento, tal como o piloto de Indy Lights Kyle Kirkwood.
Apesar de ainda não ter o seu nome na lista de inscritos, Robert Wickens também poderá participar. O piloto canadiano, que ainda está a recuperar das lesões do seu acidente em Pocono em 2018, está a tentar obter o equipamento necessário para estar à partida e, se o conseguir fazer antes do início da corrida, terá autorização para competir.
A primeira corrida do IndyCar iRacing Challenge vai ser disputada na versão de Watkins Glen disponível no simulador online iRacing. Watkins Glen foi a pista escolhida pelos fâs, que preferiram o traçado nova-iorquino em vez da oval do Michigan, que foi derrotada na final do "torneio" online que decidiu a pista em que se iria realizar a prova. A corrida vai começar às 20:00 de Portugal Continental e terá aproximadamente uma hora e meia, sendo transmitida no site oficial da IndyCar, no seu canal do Youtubee na sua página de Facebook, tal como no canal do Twitchdo iRacing.
As corridas de Indianápolis não foram as únicas a mudar de data no calendário da IndyCar, uma vez que as provas de Mid-Ohio, Gateway e Portland também foram adiadas ou antecipadas.
No entanto, o adiamento das 500 Milhas de Indianápolis para 23 de agosto obrigou a novos ajustes ao calendário. Para permitir a realização dos treinos e da qualificação para a Indy 500, a corrida de Mid-Ohio foi antecipada uma semana para o dia 9 de agosto. A prova em Gateway também teve de mudar de data, uma vez que estava prevista para o dia 22, que agora é a véspera das 500 Milhas de Indianápolis. Por isso, a corrida em Gateway foi adiada uma semana, para o dia 30 de agosto, sendo agora realizada num domingo à tarde. A corrida em Portland, que deveria ser realizada no fim de semana seguinte, foi adiada para o dia 13 de setembro, para dar uma semana de descanso aos pilotos e às equipas.
Foi também revelado que os promotores do GP de St.Petersburg estão a tentar encontrar uma nova data para a sua prova, que poderá passar a ser a última corrida do ano. No entanto, o reagendamento da prova ainda não está confirmado.
Calendário (datas de Portugal Continental)
30/05 - Detroit 1
31/05 - Detroit 2
07/06 - Texas (na madrugada de sábado para domingo)
21/06 - Road America
28/06 - Richmond (na madrugada de sábado para domingo)
04/07 - GP de Indianápolis
12/07 - Toronto
19/07 - Iowa (na madrugada de sábado para domingo)
O surto do novo coronavírus (Covid-19) causou o adiamento mais significativo do ano, uma vez que as 500 Milhas de Indianápolis vão agora disputar-se em agosto.
Tal como o Grande Prémio de Indianápolis, a 104ª edição da corrida mais importante da IndyCar foi adiada devido aos perigos da propagação do novo coronavírus (Covid-19), deixando o seu lugar tradicional no mês de maio para ser disputada no dia 23 de agosto. A qualificação para a edição de 2020 será realizada no fim de semana anterior, depois dos primeiros três dias de treinos. O adiamento da Indy 500 obrigou à alteração das datas de outras corridas, uma vez que Mid-Ohio e Gateway também tiveram de mudar de lugar no calendário.
Assim, 2020 será a primeira vez que as 500 Milhas de Indianápolis, um dos eventos desportivos mais tradicionais do mundo, não se vão realizar no mês de maio. É, por isso, também a primeira vez que a prova é adiada, se forem descontadas todas as edições que não terminaram no dia em que começaram devido ao mau tempo. Disputadas pela primeira vez em 1911, as 500 Milhas de Indianápolis só não foram realizadas durante as duas guerras mundiais, em 1917 e 1918 e entre 1942 e 1945.
A mudança de data da Indy 500 não é a única alteração ao mês de maio, uma vez que o Grande Prémio de Indianápolis também foi adiado para o dia 4 de julho, naquele que será o primeiro fim de semana duplo entre a IndyCar e a NASCAR, uma vez que a Brickyard 400, prova da NASCAR no circuito do Indiana, será disputada no dia seguinte. O adiamento das duas provas em Indianápolis significa que as duas corridas em Detroit deverão ser as primeiras da temporada de 2020.
O cancelamento das primeiras quatro corridas da IndyCar é a primeira ocasião em que uma prova é cancelada em quase 20 anos.
A haunting image from the "Rapid Response" trailer from the 2001 Firestone Firehawk 600 at Texas Motorsport Speedway, the only CART race cancelled over driver safety concerns. The cavalier disregard for human life by these so-called "fans" is horrifying. https://t.co/FJWp9RkV4Ypic.twitter.com/vqyxgdZW7y
É preciso recuar quase duas décadas para encontrar a última corrida da IndyCar a ser cancelada, algo que aconteceu à corrida da CART no Texas em 2001. Antes de analisar o que aconteceu nesse fim de semana, é necessário recordar que, entre 1996 e 2007, a IndyCar esteve dividida em dois campeonatos: um sancionado pela CART e outro pela IRL, este último composto apenas por circuitos ovais nos primeiros anos, mas que tinha a Indy 500. Se no início da divisão a CART tinha as melhores equipas e pilotos, dificuldades financeiras criadas em parte pela ausência das 500 Milhas de Indianápolis fizeram com que a balança começasse a pender para o lado da IRL. A participação da Ganassi (que tinha optado pela CART em 1996) na Indy 500 de 2000 marcou o início do declínio da CART, e, em 2001, ambas as competições já estavam praticamente ao mesmo nível.
A temporada de 2001 da CART deveria realizar a sua primeira visita ao Texas Motor Speedway, que estava agendada como a terceira prova do calendário. No entanto, a pista que ainda hoje recebe a IndyCar já pertencia ao calendário da IRL desde 1997, recebendo até duas corridas por ano a partir de 1998. Por isso, a CART também já tinha expressado o seu interesse em organizar uma corrida na pista que tinha aberto em 1997. Todavia, existiam algumas preocupações em relação a uma prova da CART no traçado, devido a razões de segurança. Essas preocupações eram motivadas pelo elevado banking das curvas, que tornaria o Texas Motor Speedway na pista com curvas de maior inclinação do calendário da CART. Apesar de a IRL nunca ter tido grandes problemas, os carros da CART eram mais rápidos do que os da IRL, com os seus motores turbo a disponibilizar mais potência, para além de terem menos força descendente do que os da IRL. Por isso, os pilotos da CART deveriam atingir velocidades mais rápidas do que os da IRL e sofrer forças G maiores do que em qualquer outra pista.
Devido a esta situação, foram realizadas várias sessões de teste na pista antes da corrida. No entanto, todas essas sessões foram privadas, com apenas uma equipa em pista de cada vez. A Penske, a Team Rahal, a Patrick Racing e a Team KOOL Green foram apenas algumas das equipas que rodaram com um ou dois pilotos quando tiveram a pista apenas para si e, já nestes testes em que os pilotos não costumam mostrar o seu verdadeiro andamento, atingiram em muitas das voltas velocidades semelhantes aos recordes dos carros da IRL. No entanto, as equipas que testaram na pista asseguraram que seria possível realizar a corrida, apesar das reservas de Mauricio Gugelmin, piloto da PacWest Racing e das dúvidas do presidente da pista.
O paddock da CART voltou ao Texas Motor Speedway no final de abril de 2001 para disputar a Firestone Firehawk 600, a primeira corrida da CART no Texas Motor Speedway. Cristiano da Matta e Hélio Castroneves tinham ganho as duas corridas até aí realizadas, com da Matta a liderar o campeonato. Nas sessões de treinos, os motores mais potentes dos carros da CART, auxiliados pelo desenvolvimento entre os testes que tinham sido realizados na pré-temporada e o início da época, fizeram com que os pilotos esmagassem os recordes da IRL. Até à entrada em pista dos carros da CART, a volta mais rápida na pista pertencia a Billy Boat que, na corrida da IRL em 1998 tinha registado uma volta a uma média de 363 km/h (225.9 mph). No entanto, os tempos mais rápidos nos treinos rondaram os 376 km/h (233.7 mph) e, no sábado de manhã, Paul Tracy fez a volta mais rápida na história do traçado, a uma média de 380 km/h (236.6 mph). Tanto Gugelmin como da Matta tiveram acidentes nos treinos, mas não sofreram qualquer lesão. Se as velocidades que estavam a ser atingidas já eram motivo de preocupação suficiente, vários pilotos queixaram-se de tonturas, não conseguindo manter o equilíbrio quando saíam dos carros. A sessão de qualificação ainda foi realizada, com Kenny Brack a fazer a pole position com uma volta de 375 km/h (233.4 mph).
No entanto, as preocupações com a segurança dos pilotos eram cada vez maiores, com muitos a relatar que tinham sentido forças G que estavam para lá dos limites que um ser humano podia tolerar, podendo causar perda de consciência ao volante. Várias opções, como reduzir a potência dos motores, foram propostas, mas não foi possível encontrar uma solução a tempo da corrida. Para o desalento dos muitos espectadores nas bancadas, a corrida foi adiada, mas nunca foi encontrada uma nova data no calendário, o que acabou por resultar no cancelamento da prova. A pista processou a CART, tendo as duas organizações chegado a um acordo em outubro. A CART ficou muito mal vista neste episódio, uma vez que a própria administração da pista já tinha manifestado a sua preocupação com as velocidades que os carros poderiam atingir.
A Penske abandonou o campeonato para entrar na IRL em 2002, com várias equipas a fazer o mesmo no ano seguinte. Para além disso, a Honda e a Toyota também trocaram a CART pela IRL em 2003, ano em que a CART entrou em bancarrota. A CART acabou por ser comprada por alguns dos diretores das equipas que participavam no campeonato, tornando-se na ChampCar. Contudo, as dificuldades financeiras permaneceram e a ChampCar foi absorvida pela IRL em 2008, terminando um dos períodos mais negros da história do principal campeonato de monolugares da América do Norte.
O novo calendário do principal campeonato de resistência da América do Norte tem agora 11 corridas, menos uma do que originalmente previsto, e a segunda corrida de 2020 está agora agendada para o final de maio em Detroit. Estas alterações devem-se às medidas impostas pelas autoridades para tentar conter a propagação do novo coronavírus, que têm impedido a realização de eventos que concentrem uma grande quantidade de pessoas e, por isso, têm causado o adiamento ou o cancelamento de competições desportivas em todo o mundo.
A pandemia de Covid-19 já tinha sido o motivo para o adiamento das 12 Horas de Sebring e para o cancelamento do Grande Prémio de Long Beach. No entanto, a corrida de Mid-Ohio, agendada para o dia 3 de maio, também foi adiada, o que faz com que Detroit seja o evento que deverá receber a segunda corrida do ano, depois das 24 Horas de Daytona. A prova de Mid-Ohio vai realizar-se no dia 27 de setembro, a seguir ao fim de semana de Laguna Seca, cuja data também mudou. A prova no circuito da Califórnia foi antecipada uma semana para o dia 6 de setembro, para permitir aos pilotos ter mais tempo para se prepararem para as 24 Horas de Le Mans, que também foram adiadas.
O Petit Le Mans, tradicionalmente o último evento do ano, vai agora ser a penúltima corrida no calendário, tendo sido adiado uma semana, devendo realizar-se no dia 17 de outubro. A temporada vai terminar quase um mês depois no dia 14 de novembro, a nova data das 12 Horas de Sebring.
— Texas Motor Speedway (@TXMotorSpeedway) March 23, 2020
A eNASCAR iRacing Pro Invitational Series foi criada na semana passada para tentar compensar a falta de ação em pista provocada pelas medidas de contenção à propagação do novo coronavírus (Covid-19). No entanto, se aquando da sua criação tinha sido anunciado que iriam realizar-se várias corridas, a única data agendada era a de domingo passado, na versão virtual de Homestead.
No entanto, já foi confirmado que a segunda corrida do campeonato vai ter lugar neste fim de semana e, tal como no domingo, vai disputar-se na versão virtual do mesmo circuito em que se deveria realizar a corrida do mundo real. Por isso, a segunda corrida da eNASCAR iRacing Pro Invitational Series vai usar a versão do Texas Motor Speedway disponível no famoso simulador de corridas online.
Com pneus mais frescos do que a grande maioria dos seus adversários, Hamlin fez uma recuperação impressionante no fim da corrida, acabando por ultrapassar Earnhardt Jr na última volta para vencer na versão virtual de Homestead. Este duelo entre os dois pilotos fez parte de uma última parte da corrida bastante interessante, que culminou numa luta a quatro pela vitória, envolvendo os dois primeiros classificados, Timmy Hill e Chase Briscoe, que terminaram em terceiro e quarto.
Garrett Smithley, que tinha feito a pole position, terminou em quinto, à frente de Alex Bowman, Bubba Wallace, Ryan Preece, Ty Majeski e Erik Jones.
Se o fim da corrida foi teve lutas por posição por todo o pelotão e diferentes estratégias em confronto, a primeira metade foi marcada por vários acidentes, que eliminaram alguns dos favoritos. A opção de fazer dois reset para recuperar dos danos provocados pelos acidentes ajudou muitos dos participantes a voltar à corrida, mas, mesmo assim, pilotos como Chase Elliott e William Byron nunca conseguiram voltar às posições da frente. Byron liderou a maior parte da fase inicial da prova, antes de se envolver num acidente com Ross Chastain. Timmy Hill e Garrett Smithley foram os líderes durante o meio da corrida, com Hill a ocupar a primeira posição até ser ultrapassado por Earnhardt Jr e depois por Hamlin nas últimas voltas.
Disputada no simulador iRacing, a prova terá um limite de 35 carros à partida, mas o facto de existirem 40 nomes na lista de inscritos significa que cinco pilotos não poderão qualificar-se. Os primeiros 29 lugares já foram entregues aos pilotos da Cup Series, que têm assim garantida a sua presença na corrida, tal como Dale Earnhardt Jr e Bobby Labonte, campeão do escalão principal da NASCAR em 2000. Jimmie Johnson, Kyle Busch, Joey Logano, Brad Keselowski, Denny Hamlin, Chase Elliott, Kurt Busch, Kyle Larson e Austin Dillon são apenas alguns dos pilotos que correm a tempo inteiro na Cup Series que vão tentar lutar pela vitória neste domingo.
Os outros seis lugares serão preenchidos por pilotos da Xfinity Series e da Truck Series, cuja participação dependerá dos seus resultados na corrida de qualificação. Justin Allgaier, Chase Briscoe, Austin Cindric, Justin Haley, Jeffrey Earnhardt, Anthony Alfredo e Myatt Snider são os pilotos que vão representar o escalão intermédio da NASCAR, enquanto Stewart Friesen, Ty Majeski, Ryan Truex e Jesse Iwuji farão o mesmo pela Truck Series. No entanto, destes 11 pilotos, só os seis primeiros é que poderão participar na corrida principal.
A primeira prova da eNASCAR iRacing Pro Invitational Series terá 100 voltas e irá começar às 17:30 de Portugal Continental.
Entry list for eNASCAR iRacing Pro Invitational (Homestead) at 1:30pm ET Sunday on FS1. The Cup drivers (29 of them) will make 35-car field. Eleven drivers vying for six spots. #nascar @NASCARONFOX pic.twitter.com/H5cxr7YPTQ
A marca germânica esteve sempre na frente da prova de 90 minutos, com os seus pilotos a liderarem todas as voltas. Depois de ter passado os primeiros 20 minutos junto de Nicky Catsburg, Spengler assumiu o primeiro lugar a pouco mais de uma hora do fim, tendo ultrapassado o seu colega de equipa. O piloto canadiano manteve a liderança até ao final, apesar de Catsburg ter estado sempre muito perto. No entanto, Spengler resistiu à pressão do holandês e aumentou a sua vantagem nos últimos minutos para garantir uma vitória confortável.
Num carro com uma decoração idêntica ao do campeão do DTM de 2012, Catsburg terminou em segundo. O agora piloto da Corvette na vida real era o líder no fim da primeira volta, mas um ligeiro erro no tráfego fez com que fosse ultrapassado por Spengler, naquele que acabou por ser o momento que decidiu a corrida. Jesse Krohn garantiu a tripla da BMW ao terminar em terceiro. Contudo, o domínio da marca germânica podia ter sido maior, uma vez que Robbie Foley, que partiu da pole position, teve um início atribulado e despistou-se na volta inicial.
Sage Karam foi o melhor dos outros, levando o seu Porsche à quarta posição, mas já a mais de meio minuto do vencedor. Mirko Bortolotti completou o top cinco, à frente de Kenton Koch, que travou uma batalha intensa com Shinya Michimi na parte final da corrida. O japonês acabou por terminar em sétimo. A mais de um minuto de Spengler, Daniel Morad ficou em oitavo, à frente de Tristan Vautier e de Gabby Chaves.
O IMSA Super Saturday teve cerca de oito mil espectadores no YouTube, com mais duas mil pessoas a assistirem ao evento no Twitch.
Apesar de as 12 Horas de Sebring terem sido adiadas devido à pandemia de Covid-19, o "Super Saturday" tentará entreter os fãs no simulador de corridas online iRacing.
Drivers... start your simulators!
Get Your Racing Fix on Saturday, March 21 with IMSA Sebring SuperSaturday! #IMSA / #IMSASuperSaturday
Tal como a NASCAR e a IndyCar, que até criaram campeonatos no jogo, o IMSA também recorreu ao mundo virtual para compensar a ausência de corridas. Por isso, disputar-se-á hoje (a data habitual das 12 Horas de Sebring) uma corrida virtual de uma hora e meia na versão da pista da Florida no simulador iRacing, com a participação de vários pilotos do WeatherTech SportsCar Championship e do Michelin Pilot Challenge.
A corrida vai começar às 18:30 de Portugal Continental e será transmitida no canal do iRacing no Twitche no canal iRacing eSports Network no Youtube. Entre os 50 pilotos que vão participar encontram-se algumas das caras mais conhecidas do mundo da endurance, como Filipe Albuquerque, João Barbosa, Felipe Nasr, Harry Tincknell, Richard Westbrook, Nicky Catsburg, Jesse Krohn, António Félix da Costa, Tristan Vautier e Mirko Bortolotti. No entanto, a IndyCar também estará representada por Santino Ferrucci, Colton Herta, Sage Karam e Dalton Kellett.
Os pilotos poderão escolher quatro carros diferentes, todos da categoria GTLM: o BMW M8 GTE, o Porsche 911 RSR, o Ferrari 488 GTE e o Ford GT.
Seguindo o exemplo da NASCAR e da Fórmula 1, o IndyCar iRacing Challenge vai ser a tentativa da IndyCar de substituir a falta de ação na pista (devido ao cancelamento das primeiras quatro corridas do ano) por algumas corridas virtuais durante as próximas semanas. O campeonato vai ter seis corridas e vai começar no próximo sábado, dia 28 de março, prolongando-se até ao dia 2 de maio. Pelo menos alguns dos pilotos da vida real vão competir no IndyCar iRacing Challenge, tal como alguns convidados especiais.
De acordo com o comunicado oficial, cada corrida terá entre uma hora e meia a duas horas e será transmitida no site oficial da IndyCar. Ainda não se sabe qual será o circuito que vai "receber" a primeira prova do campeonato, uma vez que este será escolhido pelos fãs numa votação online nas páginas do Twitter e do Instagram da IndyCar e no link https://www.indycar.com/2020/indycar-challenge. A pista será escolhida numa espécie de torneio de "eliminação", em que os fãs poderão votar diariamente até quinta-feira a partir das 14:00 de Portugal Continental.
As corridas serão disputadas nos sábados dos próximos seis fins de semana e, ao contrário da primeira prova, que irá começar às 20:00, todas as outras terão início às 21:00. A segunda corrida será disputada na versão virtual de Barber, enquanto a terceira terá lugar numa pista à escolha dos pilotos e a quarta num traçado aleatório. No dia 25 de abril, os pilotos irão competir na versão do Circuit of the Americas disponível no simulador, antes da última prova, que se vai disputar numa pista "de sonho" que não pertence ao calendário da IndyCar.
Depois de muita especulação, a Mazda confirmou a sua separação com a Joest Racing, com a Multimatic a assumir o controlo do programa da marca japonesa.
O contrato da Mazda com a conceituada equipa germânica terminou em março, mês que marca o fim do ano financeiro japonês. Apesar da melhoria dos resultados da Mazda nos últimos dois anos e do historial incrível da Joest nas corridas de endurance, a marca japonesa optou por não renovar o contrato com a equipa que gere o seu programa no IMSA WeatherTech SportsCar Championship desde o verão de 2017. De acordo com os rumores, essa decisão deve-se à existência de alguns desentendimentos entre a equipa alemã e a administração da Mazda, que acredita que a maior influência da Multimatic nas últimas corridas foi a maior razão para a sua melhoria de forma na segunda metade da época de 2019.
Por isso, a partir de Detroit, que deverá ser a próxima corrida do campeonato, o programa da Mazda ficará a ser conhecido como "Mazda Motorsports" e será gerido pela Multimatic, a empresa canadiana que esteve envolvida no desenvolvimento do Mazda RT24-P. Apesar da troca da Joest pela Multimatic, o alinhamento de pilotos da marca japonesa não vai mudar. Harry Tincknell e Jonathan Bomarito vão continuar a ser a dupla do #55, enquanto Oliver Jarvis e Tristan Nuñez manter-se-ão no #77. Ryan Hunter-Reay e Olivier Pla continuarão a ser os terceiros pilotos nas corridas do Michelin Endurance Cup.
A Mazda tem um longo historial nas corridas de endurance na América do Norte e foi uma das três marcas que construiu um carro para o início da regulamentação DPi em 2017, em associação com a SpeedSource. No entanto, a primeira metade de 2017 foi marcada por problemas de fiabilidade, que convenceram a Mazda a trocar a equipa americana pela Joest Racing. A lendária equipa alemã, que venceu várias vezes as 24 Horas de Le Mans, tomou o controlo do programa da Mazda. A marca japonesa faltou à segunda metade da temporada de 2017, mas demonstrou grande velocidade em 2018, apesar de ainda ter dificuldades nas provas de longa duração. A tão esperada primeira vitória surgiu nas 6 Horas de Watkins Glen em 2019, sendo seguida por mais dois triunfos em Mosport e em Road America. Na única prova realizada este ano, a equipa conseguiu um segundo lugar nas 24 Horas de Daytona, na primeira vez que terminou a famosa corrida da Florida.
Na sequência do sucesso da experiência do domingo passado com a "The Replacements 100", foi criado um campeonato virtual no simulador iRacing a envolver vários dos pilotos da NASCAR.
Introducing the eNASCAR iRacing Pro Invitational Series.
A eNASCAR iRacing Pro Invitational Series será um campeonato realizado no simulador iRacing, que irá começar no domingo na versão virtual do traçado de Homestead, às 17:30 de Portugal Continental. Tal como a "The Replacements 100" que decorreu no fim de semana passado, a criação deste campeonato é uma tentativa de colmatar o período sem corridas, que deverá durar pelo menos até maio, devido à rápida propagação do surto do novo coronavírus (Covid-19). Por isso, a eNASCAR iRacing Pro Invitational Series poderá durar ainda várias semanas.
Apesar de ainda não se saber onde é que a corrida vai ser transmitida, nem de ter sido divulgada uma lista de inscritos, já foi confirmada a presença de alguns pilotos como Kyle Busch, Denny Hamlin, Kyle Larson, Clint Bowyer e Christopher Bell. Tal como no fim de semana passado, Dale Earnhardt Jr também vai participar e espera-se que também estejam presentes outros pilotos da Xfinity Series e da Truck Series.
As sessões de testes da IndyCar e da NASCAR no futuro próximo também foram canceladas devido à propagação do novo coronavírus (Covid-19).
.@IndyCar teams have been alerted to a new testing ban that extends through May 10, taking open and private days at IMS, Barber (2), the IMS road course and Richmond oval off the books. https://t.co/lbgbjOWT7hpic.twitter.com/mFKVXyn8fe
A IndyCar cancelou todas as sessões de testes até ao dia 10 de maio, o dia a seguir ao Grande Prémio de Indianápolis, que, devido ao cancelamento das primeiras quatro corridas da temporada, deverá ser a primeira corrida de 2020. O principal campeonato de monolugares da América do Norte pretende assim obedecer à recomendação do CDC (Centro de Controlo e Prevenção de Doenças), que aconselhou o cancelamento de todos os eventos que reúnam 50 ou mais pessoas nas próximas oito semanas.
Desta forma, foram canceladas cinco sessões de testes, incluindo aquela em que Jimmie Johnson, heptacampeão da NASCAR Cup Series, deveria ter estado ao volante de um carro da Arrow McLaren SP. Esse teste, agendado para 6 de abril em Barber, era apenas um dos testes privados que se deveria ter realizado na pista do Alabama, com o outro a estar previsto para esta semana. Também foram cancelados os testes previstos para o traçado convencional de Indianápolis e para a oval de Richmond e o Open Test para a Indy 500. A Honda e a Chevrolet, fornecedores de motor do campeonato, também não podem testar.
A NASCAR também emitiu uma proibição semelhante, não permitindo a realização de qualquer teste que não esteja diretamente relacionado com o carro da próxima geração, que deverá fazer a sua estreia em 2021. Esta decisão é motivada não só pelo conselho do CDC, mas também para tentar impedir que algumas equipas ganhem uma vantagem competitiva injusta.
O piloto da GMS na Truck Series deverá fazer uma recuperação total, que demorará entre seis a oito semanas. Curiosamente, o campeão da Truck Series de 2018 e rookie do ano na Cup Series em 2015 não deverá ter de falhar nenhuma corrida, uma vez que a NASCAR anunciou que, na sequência da rápida propagação do novo coronavírus (Covid-19), o próximo fim de semana de corridas será em Martinsville, no mês de maio (e a próxima prova da Truck Series em Charlotte, no dia 15).
Moffitt, um dos principais favoritos ao título na Truck Series, está na quarta posição do campeonato, depois de terem sido realizadas apenas duas das 23 corridas da temporada. No entanto, Moffitt também disputou as primeiras quatro provas da Xfinity Series ao volante do #02 da Our Motorsports, uma equipa que apenas se juntou ao escalão intermédio da NASCAR este ano e que recrutou o piloto para as primeiras quatro corridas da sua época de estreia, para tentar ganhar experiência.
Desde que se mudou a tempo inteiro para a Truck Series, Moffitt tem estado sempre na luta pelas vitórias e pelo título, tendo sido campeão em 2018 e terminado o campeonato na terceira posição em 2019. O atual piloto da GMS tem 11 vitórias no escalão mais baixo da NASCAR. No entanto, Moffitt já esteve presente na Cup Series, tendo sido mesmo o rookie do ano em 2015, na única época em que participou em quase todas as corridas. Apesar de ter estado maioritariamente aos comandos do #34 da Front Row, Moffitt obteve o seu melhor resultado no campeonato principal da NASCAR ao serviço da Michael Waltrip Racing, quando terminou a corrida em Atlanta no oitavo lugar.
Assim, para além dos dois adiamentos que já tinham sido anunciados, as provas no Texas, em Bristol, Richmond, Talladega e Dover também não se vão realizar na data prevista, com o regresso às corridas planeado para Martinsville, na noite de 9 para 10 de maio em Portugal Continental. Esta decisão surge na sequência de um comunicado do CDC, o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, que recomendou o cancelamento de todos os eventos que reúnam 50 ou mais pessoas nas próximas oito semanas. No entanto, a NASCAR deixou claro que ainda pretende encontrar uma nova data para as sete corridas que não se vão realizar na data inicialmente prevista.
Não será fácil reagendar todas estas corridas, mas a NASCAR pode considerar várias opções, como a realização de corridas duplas nas pistas que têm duas datas, usar os dois fins de semana livres no verão durante os Jogos Olímpicos ou organizar corridas a meio da semana, para além de prolongar a temporada para lá do previsto.
O resto de março e o mês de abril serão um período difícil para todo o desporto motorizado, com a esmagadora maioria dos eventos a ser adiado ou cancelado devido à propagação do novo coronavírus (Covid-19). A onda de cancelamentos também afetou a IndyCar, que foi forçada a cancelar as primeiras quatro corridas da temporada.
No primeiro fim de semana em que quase todos os eventos desportivos a nível mundial foram adiados ou cancelados, a "The Replacements 100" foi uma tentativa de atenuar as dificuldades dos muitos fãs, não só da NASCAR, mas de todo o desporto motorizado.
Williams, ao volante de um carro com a mesma decoração que Ryan Blaney deveria ter estreado em Atlanta, dominou a corrida, batendo William Byron, que tinha conquistado a pole position. Devido à sua experiência no mundo dos eSports, o piloto da Hendrick era considerado um dos maiores favoritos à vitória, mas perdeu a primeira posição logo no início da prova para Williams. Steven Steffen, que trabalha na equipa da Xfinity Series JR Motorsports, terminou a corrida virtual no terceiro lugar, à frente de outro spotter da Penske, TJ Majors. Parker Kligerman, vencedor de duas corridas na Truck Series, completou os cinco primeiros.
A corrida, que usou o simulador online iRacing e foi transmitida na plataforma Twitch, teve 100 voltas e foi vista por mais de 20 mil pessoas. Se a segunda metade decorreu sem grandes problemas, a primeira foi marcada por vários acidentes que afetaram vários dos pilotos do mundo real como Justin Allgaier, Harrison Burton, Ben Rhodes e Justin Haley. Bubba Wallace e Dale Earnhardt Jr. também estiveram envolvidos, mas conseguiram recuperar para terminar no top dez.
Face à paragem forçada do calendário da NASCAR devido à rápida propagação do surto de Covid-19, que fez com que as corridas de Atlanta e Homestead fossem adiadas, vários pilotos e equipas da NASCAR decidiram organizar uma corrida virtual no iRacing, um dos melhores simuladores de corridas online. A corrida virtual será realizada na versão da Atlanta Motor Speedway no simulador e terá 100 voltas, sendo transmitida na plataforma Twitch, através do seguinte link. A transmissão deverá começar por volta das 19:00 de Portugal Continental, com a corrida a ter início meia hora depois.
Alex Bowman, William Byron, Bubba Wallace, Justin Allgaier, Harrison Burton, Justin Haley e Ben Rhodes são alguns dos pilotos da NASCAR que deverão estar presentes. No entanto, a corrida não está limitada a atuais pilotos, uma vez que Dale Earnhardt Jr. também vai participar, juntamente com os spotters TJ Majors, Coleman Pressley e Kevin Hamlin e Chad Knaus, atual crew chief de Byron, mas mais conhecido por ter sido o estratega de Jimmie Johnson nos seus sete títulos da Cup Series. Alguns pilotos conhecidos no mundo das corridas virtuais também estarão presentes, tal como Kyle Long, ex-jogador na NFL, e o cantor Tim Dugger.
Apesar de não compensar a ausência da verdadeira corrida, a "The Replacements 100" não deixa de ser uma boa maneira de atenuar o período difícil que o desporto motorizado atravessa, utilizando o cada vez mais popular mundo dos eSports.
Pagenaud, Herta, Rosenqvist e Power na corrida all-star do mundo virtual
Events may be cancelled all over the world but real racers gotta race!!!
A "The Replacements 100" não será a única corrida virtual a entreter os adeptos de desporto motorizado neste domingo sem corridas, uma vez que também será disputada a "The Race All-Star eSports Battle", com o objetivo de "substituir" o Grande Prémio da Austrália, que também foi adiado.
Os pilotos de IndyCar referidos no título são apenas alguns dos nomes famosos na corrida virtual, que usará o simulador rFactor 2 com carros de Fórmula 1 semelhantes aos usados em 2012. Max Verstappen, Juan Pablo Montoya, Jean-Eric Vergne, Neel Jani e António Félix da Costa serão outros dos pilotos do mundo real que irão lutar com algumas estrelas do mundo virtual. A corrida, que será transmitida neste link a partir das 13:00 de Portugal Continental, terá três provas de qualificação. Os oito primeiros em cada uma marcarão presença na corrida principal, que decidirá o vencedor.
Tal como os dois próximos fins de semana da NASCAR, que entretanto foram cancelados, a primeira corrida da época da IndyCar, em St.Petersburg, deveria ter sido realizada sem admitir a presença de espectadores.
No entanto, depois de entrar em contacto com os promotores dos eventos, com as câmaras municipais das cidades que iriam receber as corridas e com as autoridades sanitárias, a IndyCar decidiu cancelar as provas agendadas para março e abril de 2020. Assim, tanto a corrida de St.Petersburg, como as de Barber, Long Beach e no Circuit of the Americas foram canceladas.
Desta forma, o Grande Prémio de Indianápolis, que se deverá realizar no dia 9 de maio (se não houverem mais alterações), será a primeira corrida da temporada.
Apesar de muitos eventos desportivos estarem a ser cancelados ou adiados devido à propagação do Covid-19, a NASCAR tinha anunciado ontem que as corridas em Atlanta e em Homestead iriam realizar-se, mas sem espectadores nas bancadas. No entanto, apesar de as equipas e pilotos terem estado presentes hoje em Atlanta, a NASCAR decidiu adiar as corridas neste e no próximo fim de semana. A data mais provável para a realização das provas parece ser o intervalo de duas semanas durante os Jogos Olímpicos, em que não estavam previstas quaisquer corridas. O fim de semana da Páscoa é o outro único período em que não está agendada nenhuma corrida dos três campeonatos principais da NASCAR.
Caso não hajam mais mudanças no calendário, as próximas corridas deverão realizar-se no Texas, no final do mês de março.
O Grande Prémio de Long Beach não se vai realizar na sua data habitual, desconhecendo-se ainda se será apenas adiado ou se também será cancelado.
In light of today’s announcement from the City of Long Beach prohibiting all large-scale events in the City through April 30, 2020, the Acura Grand Prix of Long Beach will not take place as scheduled on April 17-19. READ MORE HERE:https://t.co/vHZl4FZ0qMpic.twitter.com/VZhRQm0AHw
A rápida propagação do surto de Covid-19 obrigou a cidade de Long Beach a proibir todos os eventos que reúnam mais de 250 pessoas até ao final do mês de abril. Assim, o Grande Prémio de Long Beach não poderá ser realizado, uma vez que a edição de 2020 estava prevista para o fim de semana de 17 a 19 de abril. Para que o evento possa ser adiado, será necessário um acordo entre um grande número de organizações, devido à natureza específica de uma corrida num circuito citadino. Por isso, parece que as corridas da IndyCar e do IMSA WeatherTech SportsCar Championship em Long Beach serão as primeiras a ser canceladas em ambas as competições. O circuito citadino de Long Beach faz parte do calendário da IndyCar desde 1984 e recebe uma prova do IMSA desde 2006.
Apesar do ritmo alarmante da propagação do Covid-19, que tem vindo a afetar muitos eventos desportivos em todo o mundo, os dois próximos fins de semana da NASCAR e a prova inaugural do calendário da IndyCar em St.Petersburg ainda se vão realizar. No entanto, todas as corridas vão ser realizadas sem espectadores, devido ao risco de contágio pelo Covid-19 em todos as grandes concentrações de pessoas.
A primeira corrida do ano da IndyCar parecia estar em risco quando, no início do dia, o mayor de St.Petersburg afirmou que a maioria dos espectadores não poderiam usar os bilhetes para ver a prova. Todavia, foi tomada a decisão de manter a corrida, com os carros de IndyCar a rodarem apenas no sábado e no domingo.
A NASCAR tomou as mesmas medidas para os dois próximos fins de semana de corridas, apesar de o mayor do condado de Miami-Dade ter aconselhado a suspensão das provas em Homestead.
12 Horas de Sebring adiadas
Depois do cancelamento das 1000 Milhas de Sebring, a corrida principal do fim de semana agora conhecido como "Super Sebring" foi adiada para o fim da temporada. As 12 Horas de Sebring vão agora ser o último evento da época, que será realizado no fim de semana de 13 a 15 de novembro.
Esta decisão foi tomada não só devido aos riscos específicos do Covid-19, mas também por causa das restrições impostas pela Administração Trump aos voos provenientes de muitos dos países da Europa, algo que não iria permitir a participação de muitos pilotos e equipas.
A lista de inscritos para a segunda corrida do campeonato tem apenas menos um carro do que a das 24 Horas de Daytona, não contendo grandes surpresas. A classe DPi volta a contar com os mesmos oito carros que estiveram presentes na prova inaugural e não apresentam nenhuma mudança de pilotos, à exceção das equipas que tinham quatro pilotos em Daytona. Na categoria LMP2, vão estar à partida os mesmos cinco carros que estiveram em Daytona, apesar de existirem algumas mudanças no alinhamento de pilotos, destacando-se as presenças de Will Owen no #52 da PR1/Mathiasen e a de Colin Braun na Era Motorsport. Braun, vencedor das 24 Horas de Daytona com a DragonSpeed, vai pilotar para a equipa nas provas do Michelin Endurance Cup.
Nos GTLM, o maior destaque vai para a presença da Risi Competizione, que se volta a juntar às equipas que disputam todo o campeonato. No entanto, a equipa baseada no Texas só tem dois pilotos na lista de inscritos: Daniel Serra e o dinamarquês Nicklas Nielsen, que se tornou no mais recente piloto oficial da Ferrari. A classe GTD conta com 17 carros, voltando a apresentar o maior número de inscritos. Contudo, é a única categoria que tem menos carros do que na primeira prova do campeonato, uma vez que a única equipa que esteve em Daytona mas não estará em Sebring vai ser a Aston Martin Racing, algo que já estava previsto devido aos compromissos de Paul Dalla Lana no WEC.
We sympathise with the fans and fellow competitors who were looking forward to another exciting #1000MSebring and give our full support to the @FIAWEC, who had no choice but to take this decision. We wish our colleagues at @IMSA a safe and successful #Sebring12 race on Saturday. https://t.co/1XesbO96Kf
— TOYOTA GAZOO Racing WEC (@Toyota_Hybrid) March 12, 2020
As 1000 Milhas de Sebring, uma prova a contar para o Mundial de Endurance que se deveria realizar no dia antes das 12 Horas, foi cancelada devido às restrições impostas pela Administração Trump. Numa tentativa de conter a recente propagação do Covid-19, o presidente americano suspendeu todos os voos da maioria dos países europeus por 30 dias, impossibilitando a deslocação de muitas das equipas do campeonato.
Apesar do cancelamento das 1000 Milhas, as 12 Horas ainda deverão ser realizadas, tendo o IMSA divulgado num comunicado oficial que está a monitorizar a situação. O surto de Covid-19 tem sido responsável pelo cancelamento ou adiamento de muitos eventos desportivos por todo o mundo.
O ex-piloto de Fórmula 1 e campeão do IMSA WeatherTech SportsCar Championship na classe DPi em 2018 já tinha testado com a equipa britânica em duas ocasiões, tornando-se num dos favoritos para ocupar o lugar do segundo carro da Carlin em algumas corridas. Depois de ter impressionado nos testes no Circuit of the Americas e em Sebring, Nasr terá garantido a sua presença na prova inaugural do campeonato, ao lado de Max Chilton. Apesar de a corrida de domingo ser a estreia do piloto brasileiro no principal campeonato de monolugares da América do Norte, não será a sua primeira temporada com a Carlin, uma vez que Nasr ganhou o campeonato britânico de Fórmula 3 em 2011 e várias corridas na GP2 com a equipa britânica. O #31 deverá ter mais do que um piloto ao longo da época, não tendo ainda sido divulgado se o piloto da Action Express no IMSA irá participar em mais alguma prova.
Nasr fez a sua estreia na Fórmula 1 com a Sauber em 2015, impressionando imediatamente com um quinto lugar na sua estreia. O piloto brasileiro iria pontuar mais seis vezes na sua curta carreira na Fórmula 1 com a Sauber, que terminou no fim de 2016. Após a sua saída do campeonato, Nasr encontrou refúgio na América do Norte, assinando com a Action Express para disputar o IMSA Weathertech SportsCar Championship em 2018. Ao lado de Eric Curran, Nasr foi campeão da categoria DPi no seu ano de estreia no campeonato, tendo ficado na segunda posição do campeonato no ano passado, mas desta vez acompanhado por Pipo Derani. A dupla brasileira será novamente uma das favoritas na luta pelo título em 2020.
A confirmação de Nasr no #31 da Carlin completa a lista de inscritos para a primeira prova do ano, que terá 26 carros. Para além dos 24 que deverão disputar toda a temporada, a DragonSpeed vai inscrever um carro para Ben Hanley e Sage Karam estará ao volante do monolugar da Dreyer & Reinbold Racing.
Depois de ter participado em algumas corridas em anos anteriores, Daly conseguiu um lugar a tempo inteiro em 2016 com a Dale Coyne Racing, tendo alcançado o seu melhor resultado da carreira ao terminar a primeira corrida de Detroit em segundo. Daly mudou-se para a AJ Foyt Racing em 2017, mas uma temporada frustrante culminou na sua saída da equipa. Contudo, Daly tem demonstrado uma determinação e persistência inabaláveis, fazendo o papel de substituto com a Harding em 2018 e com a Carlin e a Arrow SPM em 2019. As excelentes exibições que realizou nessas situações não deixaram que as equipas se esquecessem do seu valor e contribuíram para o seu regresso a tempo inteiro.