Os números por trás da incrível temporada de 2020 de Kevin Harvick

Provavelmente o maior favorito à conquista do título, Kevin Harvick tem sido o piloto a bater na Cup Series em 2020.

Fonte: Twitter/Mobil1

Com a sua sétima vitória do ano em Dover, o piloto da Stewart-Haas garantiu que vai terminar a época regular na primeira posição uma corrida antes do início dos playoffs, o que demonstra bem a sua superioridade em 2020. Após 25 provas, Harvick marcou 1041 pontos, mais 134 do que o segundo classificado (Denny Hamlin), garantindo assim que iniciará os playoffs com mais 15 pontos de bónus por ter terminado a época regular em primeiro. 

Desde a introdução deste sistema de pontuação em 2017, nenhum piloto tinha marcado tantos pontos após 25 corridas (Kyle Busch foi o que ficou mais próximo com 1038 pontos em 2018). No entanto, apesar de ter ainda mais uma prova para alcançar mais pontos de playoff, o primeiro lugar na época regular garante que Harvick vai começar os playoffs com 57 pontos de bónus (mais do que qualquer outro piloto desde 2017; Martin Truex Jr. foi aquele que mais se aproximou, começando os playoffs desse ano com 53 pontos extra).

No entanto, a temporada de Harvick torna-se verdadeiramente especial quando se analisam algumas das estatísticas que dizem respeito ao desempenho do piloto do #4. Ao ter marcado 1041 pontos em 25 corridas, Harvick é não só o piloto com mais triunfos (sete; Hamlin é o segundo, com seis), mas também aquele com mais resultados no top cinco (17; contra os 14 de Hamlin) e no top dez (21; Brad Keselowski é o segundo, com 18). Para além disso, o campeão de 2014 é o piloto com mais voltas na liderança (1111, contra as 762 de Hamlin) e com mais voltas completadas (6491, mais 17 do que Hamlin). Estes números impressionantes resultam numa posição média de 6.1 após 25 corridas, naquele que é provavelmente o indicador que melhor descreve as suas prestações no ano em que chegou à marca das 700 corridas na sua carreira (Hamlin também é o segundo melhor, com um posição média de 9.1).

Estatísticas como esta levantam uma questão óbvia: com que números é que Harvick irá terminar a época? Se igualar o registo de Jeff Gordon em 1998 parece demasiado otimista (naquela que é considerada a melhor temporada da era moderna, o piloto da Hendrick ganhou 13 corridas e terminou 26 das 33 provas no top cinco para acabar a época com uma posição média de 5.7), não é impossível que Harvick se torne no primeiro piloto desde Jimmie Johnson em 2007 a vencer 10 corridas num ano ou iguale a incrível marca de 30 corridas no top dez de Gordon alcançada no mesmo ano.

No entanto, as comparações com Jeff Gordon devem também reforçar a ideia de que um ano extraordinário não é garantia de um título. Afinal, se o piloto da Hendrick foi campeão em 1998, 30 provas no top dez e mais 353 pontos do que Jimmie Johnson no final de 2007 não foram suficientes para vencer esse campeonato, num ano em que o formato que decidia o título era muito menos imprevisível do que é atualmente.

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